17/01/2010

Minha Gangue Adolescente



E essa era a minha gangue. Mal acordávamos de final de semana já estava uma chamando a outra pra sair até que a gangue estivesse completa. Depois de reunida escolhíamos o "point". A calçada da casa da Michele era um dos points preferidos. Depois tinha a esquina da Ana Maria, minha vizinha, que era o ponto mais estratégico para se observar o movimento do "bairro" (entende-se aqui como o movimento de quem nos interessava). Teve um tempo que dançávamos axé na sala da minha casa, teve um tempo que subíamos na árvore e passávamos o dia inteiro urubuservando qualquer coisa abaixo e ao redor de nós e quando o ônibus passava na rua e balançava a árvore era a parte mais legal da brincadeira.
Vivíamos brincando na rua, sempre de chinelo, o que resultava em pés sujos no fim das tardes, com tiras pretas de sujeira marcando as tiras da havaiana, vivíamos jogando vôlei ou "tóquinho", ocasionalmente jogávamos "Bets" e fatalmente alguma integrante da gangue brigava com outra (no caso eu e a luana haha) e subíamos quase chorando pra casa (pensando: vou contar tudo pra minha mãe). Vivíamos jogando conversa fora, falando de esmaltes, bicicletas, garotos... (e como falávamos desses últimos)
A primeira sempre sonhou com um príncipe encantado, sempre mais velho e popular. A segunda se reservava para aquele que atendesse suas vontades e estivesse sempre aos seus pés. A terceira sabia de garotos mais que todas nós, ela já tinha namorado e sabia bem do que falava, mas sofria por causa de mais um e a última vivia a chamar a atenção de todos eles.
Aii essas paixonites adolescentes...
Engraçado pensar naquela época e imaginar as situações e sonhos que tínhamos.
A primeira conseguiu o seu príncipe encantado. Mas logo o perdeu.
A segunda se ajeitou também.
A terceira sempre deu um jeito.
A quarta fez tudo o que tinha vontade.


Parei de fazer meus desenhos e minhas charges, paramos de enviar cartinhas umas pras outras. Hoje pouco nos vemos. Não vamos mais juntas na feira de quarta e nem no Unimart de sexta. Não compramos nunca mais chupchup na Dona Maria e nem mais cachorro quente na Dona Lurdes.
A história de nós 4, (8) eu com ela, eu sem ela, nós por cima, nós por baixo (8), foi intensamente boa. Sempre que nos reunimos, ou melhor, nos encontramos por aí e relembramos nossas aventuras e desventuras, temos ataques de saudade e histeria.
Mas o problema é esse tempo que voa!

Essas nossas desculpas esfarrapadas...

3 comentários:

  1. fora o texto, lógico, curti seu cabelo de tigela e o shortinho pega rapaz!

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  2. lindo nati. me fez chorar com esse texto
    e isso nuam eh legal. :/
    sinto falta dessas coisas com minhas amigas tb.
    q pena q naum da pra reviver esses tempos exatamente como era .

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  3. Eu sou a terceira integrante...........rsrsrsr
    Pior q td q ela fala eh vdd..........rsrsrs
    A gnt soh ve oq eh bom qdo o tempo passa e a gnt cresce..........
    Nossa q sdd de ser criança, msm achando q era adulta nakela época..........rsrsrs
    Nunk vou eskecer dessa gangue...........
    Amo todas vcs.................
    E sempre vou lembrar dos nossos pés sujos com carinho............rsrsrsr

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