14/12/2009

Amém

A sociedade do século 20 foi a sociedade do trabalho. A do século 21 é a do procurar trabalho.

Há uma grande preocupação com o desenvolvimento tecnológico, científico e com esse "novo progresso". A população cresce, o trabalho mingua, as oportunidades estreitam-se a poucos. Não criou-se um sistema tecnológico que garanta dignidade, salário (diga-se de passagem decente) e emprego a todos, até agora. E nem vão criar, porque não são máquinas que devem solucionar esses problemas, são cabeças humanas. Como são humanos os que trabalham com máquinas e são os mesmos que as fazem, o que esperar do futuro, se até agora não tivemos soluções nesses aspectos?

Do futuro eu não sei, só sei que temos o atual Papa elogiando o lucro, que não nos torna irmãos, como sistema incancelável e provedor do progresso. (Segundo os Engenheiros do Hawaii, o Papa é pop. Depois dessa devo reiterar que o Papa deixou de ser pop para virar classe média alta.)

Falar de problemas alheios e posicionarmos a favor ou contra, sem ter vivido uma determinada situação, é fácil. Advertir até o Ministério da Saúde adverte. A prática é que é difícil.

Faz tempo nos tornamos Super Heróis. Aprendemos a enfrentar chuvas e sóis, filas de banco, INSS, SUS, agências de emprego. O Brasileiro, é antes de tudo, um forte. Os antropólogos, sociólogos, filósofos, nutrólogos e o Papa que me desculpem, mas pais e mães de família querem visibilidade, querem inteiro e não pela metade, querem ser felizes também, querem "tapar os buracos" nos estômagos próprios e de seus filhos. Sem "papo furado", por favor. Por mais Super Heróis que tenhamos nos tornado ainda não aprendemos a fazer milagre.

A globalização é a velha onda, o império do capital faz a sua rotineira ronda. Não há nada de novo. Temos o tripé da sociedade do século 21: ou nos acostumamos com a nossa situação de correria, desemprego, concorrência, ou nos cansamos e nos desviamos do "bom caminho", ficamos à margem, deixamos de ser "o sorriso da sociedade" e utilizamo-nos do crime, da ilegalidade para sobreviver, ou então e por último rogamos assim:
- Papa, olhe por nóis. Pede pro seu 'Deus' multiplicar os pão? Amém.



Usei coletânea própria de outros textos que fiz, usei um trecho da música Globalização que eu postarei num próximo post. Esse texto foi o que lembrei do que escrevi na prova da UFSCAR ontem, faltaram alguns trechos... não lembro .-.

Um comentário:

  1. Oi Natii! Te achei aqui por acaso mas que ótimos textos! parabéns, menina! te linkei lá nos meus blogs e to te seguindo também. quando tiver um tempo, dá uma passadinha lá no meu. Beijos e boas férias! :*

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