06/09/2009

O limite de um termina quando começa o de outro

Como é sabido, foi aprovado no dia 7 de Maio de 2009, uma lei antifumo válida para o Estado de Sâo Paulo. Em 7 de Agosto a proibição entrou em vigor. Locais públicos em geral já se adequaram, retirando cinzeiros, desativando fumódromos, colocando avisos e fiscalizando. Pelo menos na teoria. O fato é que esta lei está gerando muita discussão. Um embate entre fumantes "traídos" e não fumantes contentes. Entre os primeiros, insatisfação por considerarem uma lei radical e autoritária, pois, na opinião deles, tira boa parte de sua liberdade e o livre arbítrio para fumar.
Eu, fumante passiva, e meus semelhantes passivos entramos na discussão. Livre arbítrio de fumar? E o nosso livre arbítrio de não fumar? De não querer morrer? Sim, de não querer morrer, pois saber que o fumo traz uma série de complicações, doenças e leva, possivelmente, à morte, todos sabemos, mas nós optamos pela vida, somente por isso ou porque simplesmente não gostamos do sabor, do cheiro e etc e não queremos fumar com vocês.
Há quem diga que o governo foi autoritário impondo a lei, mas convenhamos, se o governo "lava as mãos", recebe crítica, se cumpre com o seu dever, recebe crítica... quando é que está bom? Para alguma pessoas só fica bom depois de acender um "cigarrinho"...
Como é possível considerar a proibição de fumar nos lugares em que outras pessoas respiram uma afronta à liberdade individual? Acredito que essas pessoas não entendem muito sobre liberdade. Liberdade é ser, estar livre de qualquer coisa que te prejudique, ou que te faça sofrer. Um viciado em cocaína é livre? O que diferencia um viciado em cocaína de um fumante qualquer? Não é possível falar de liberdade assim...
O direito de fumar não foi perdido. Pode-se fumar em casa, no aconchego do lar, no carro, no Campus do COTIL (essa parte do Campus do COTIL eu risquei na oficial, mas dá pra ler... tentativa de protesto! hshaushau). Por que querer hegemonia?

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