29/07/2010

Uma grande família

Qualquer data aqui em casa é motivo pra se reunir. Cada reunião acaba virando uma festa. Cada um traz uma coisa, incluindo-se aí um quilo de carne, um fardo de cerveja e a respectiva e ilustre presença. Momentos assim me fazer lembrar de uma música do Gonzaguinha, aquela que diz: Pode chegar que a festa vai é começar agora/ E é pra chegar quem quiser/ Deixa a tristeza pra lá/ E traga o seu coração/ Sua presença de irmão/ Nós precisamos de você nesse cordão.
Cresci no meio da batucada, no meio de "sessões martírio" como diz minha vó quando meu avô começa a tocar violão e a cantar acompanhando o seu som, no meio de familiares queridos, sinceros e que não dispensam uma cervejinha gelada, um churrasquinho e um pagodão.
Aqui em casa é assim, chegou com humildade, não olhou com soberba, tirou os sapatos, é dos nossos. Aqui temos muitas palhaçadas e boas histórias pra contar. Barracos da prima desbocada, palavrões de um avô fanfarrão, primo mais novo correndo pra lá e pra cá, uma tia dramática, tios engraçadões e escandalosos, vó boleira/doceira/cozinheira de mão cheia, irmão contador de histórias e de algumas vantagens que não assume ter sido são paulino na infância... esses são só alguns dos integrantes dessa grande família. Não tem tempo ruim aqui, se chover e o rio encher, que é que tem? Se o nosso time perder? Aí o bixo pega, a galera vira técnico de futebol nas horas vagas e em ocasiões não raras como a do nosso centenário time perder. Mas tudo bem...
Independente das mazelas dessa vida, da nossa macaca véia sem vergonha e de outras cositas más, aqui a festa está sempre a começar e não queremos ver ninguém dispersar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário