27/06/2009

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"Foi isso que aconteceu com a humanidade. Todos estão fingindo. Autenticidade se perdeu, verdade se perdeu, todos tentam ser outra pessoa. Basta olhar para si mesmo: você está fingindo ser outra pessoa. E só pode ser você mesmo – não existe outra maneira, nunca existiu, não há nenhuma possibilidade que você possa ser outra pessoa. Você irá permanecer você mesmo. Você pode desfrutar disso e florescer, ou pode secar aos poucos caso condene aquilo que você é."
OSHO

19/06/2009

Campinas, 14 de junho de 2009.

Ilustríssimo Senhor Presidente,
O senhor acha normal que uma criança carente fracasse na escola? Quem tem o mínimo de instrução não acha normal e já que o senhor tem esse mínimo eu pensei que o senhor deveria se sensibilizar com esse fato que, de uns tempos para cá, passou a ser encarado de forma tão natural que já faz parte de nossa cultura. Mas não, me desculpe, o senhor apóia essa nossa cultura, não é? Apóia tanto que a deixa como está para que não afete a atratividade de gringos norteamericanos, europeus e asiáticos ao nosso país tropical. Temos aqui o nosso Cirque du Soleil nos semáforos, apresentado por crianças muitas vezes divididas entre ganhar o pão de cada dia e frequentar a escola para não perderem o benefício do Bolsa Família, programa de "progresso social" criado por você, Senhor Presidente da República, para estimular o estudo. Bonito teoricamente, perverso na prática. Por que o senhor ainda insiste nisso? Não vê que não passa de um conto de fadas? (AH, JÁ SEI, PRA GANHAR VOTOS, NÃO É?)
Com esse salarinho de fome o senhor compra a população carente ao invés de estimular o estudo através de exemplos. Se bem que... que exemplo o senhor pode nos dar?
Com R$122,00 reais não é possível comprar nem o bico do sapato de Vossa Excelência; não é possível comprar quiçá uma cesta básica e "malemá" pagar as contas de água e luz.
Senhor Presidente, por que ao invés de dar o peixe, o senhor não ensina a pescar?
Sem mais,
N. C. B.
(minha primeira carta argumentativa. ok, não tem tantos argumentos assim, mas vou melhorar ;D)

Vou construir um castelo.

A inveja existe e a cada 10, 5 é na maldade.
Porque a confiança é uma mulher ingrata, que te beija, e te abraça, te rouba e te mata.
Desacreditar? nem pensar, só naquela: se uma mosca ameaçar me catar piso nela.
Se quer Guerra terá, se quer Paz, quero em dobro.
Mas verme é verme, é o que é, rastejando no chão, sempre embaixo do pé.
E fala 1, 2 vez, se marcar até 3, Na 4ª xeque-mate, que nem no xadrez.
Eu não tenho dom pra vitima. Justiça e Liberdade, a causa é legitima.

Trechos da música Vida Loka parte 1 dos Racionais Mc's.
Reflete a minha semana.

11/06/2009

- MEO, CE NÃO SABE QUE QUE ACONTECEU! OS CARAS DO CHARLIE BROWN INVADIRAM A CIDADE! (8)

A educação contra a injustiça social

Este texto foi escrito em 1869 pelo russo Mikhail Bakunin, um dos principais teóricos do socialismo libertário (ou anarquismo). Os anarquistas entendem que a educação é um fator de libertação das classes oprimidas, por isso o autor defende que a instrução deve ser igual para todos, independentemente da condição social.
"A primeira questão que vamos hoje considerar é esta: Poderá a emancipação das massas operárias ser completa, enquanto a instrução que as massas recebem for inferior àquela que é dada aos burgueses, ou enquanto houver uma classe qualquer em geral, numerosa ou não, mas que, pelo seu nascimento, seja chamada aos privilégios duma educação superior e duma instrução mais completa? Pôr esta questão, não é resolvê-la? Não será evidente que entre dois homens, dotados duma inteligencia natural aproximadamente igual, aquele que souber mais, cujo espírito estiver mais aberto para a ciência, e que, tendo compreendido melhor o encadeamento dos fatos naturais e sociais, ou aquilo a que se chama leis da natureza e da sociedade, se aperceberá mais fácil e globalmente do caráter do meio em que vive, - que este se sentirá, digamos, mais livre, que será praticamente mais hábil e mais poderoso do que o outro? Aquele que sabe mais dominará naturalmente aquele que sabe menos; e se existir entre duas classes apenas esta diferença de educação e de instrução, esta diferença produzirá em pouco tempo todas as outras, o mundo humado voltará ao seu estado atual, isto é, será dividido de novo numa massa de escravos e num pequeno número de dominadores, os primeiros trabalhando, como hoje, para os segundos.
Compreende-se agora por que é que os socialistas burgueses pedem apenas alguma intrução para o povo, um pouco mais do que tem atualmente, e nós, democratas-socialistas, exigimos para o povo a instrução integral, toda a instrução, tão completa quanto o permite a capacidade intelectual do século, a fim de que, acima das massas, não possa existir nenhuma classe que saiba mais do que eles, que os possa dominar e explorar. Os socialistas burgueses pretendem manter as classes, devendo cada uma delas, segundo eles, desempenhar uma diferente função social, uma por exemplo, a ciência e a outra o trabalho manual; e nós, pelo contrário, queremos a abolição definitiva das classes, a unificação da sociedade, e a igualização econômica e social de todos os seres humanos que habitam a terra. Eles queriam, conservando-as, minorar, adocicar e embelezar a desigualdade e a injustiça, as bases históricas da sociedade atual, e nós queremos destruí-las. Donde resulta obviamente a impossibilidade de qualquer entendimento, conciliação ou mesmo coligação entre nós e os socialistas burgueses"
(O socialismo libertário. São Paulo: Global. p. 32-3.)

10/06/2009

Intolerância e preconceito: duas faces do mesmo problema

O Homem não consegue viver pacificamente com as diferenças, isto é fato, e não é um caso da atualidade. Basta retornar nossos olhares para o início da Era Cristã, época em que os romanos expulsaram os habitantes da Palestina, os Hebreus, hoje chamados de Judeus ou israelenses que, inclusive, estão em constantes embates com os Árabes (ou palestinos) e os países vizinhos, pela consolidação do Estado de Israel. Posso dizer, com certeza, que apesar da diáspora ter ocorrido há muito tempo, esse fato não exclui outros semelhantes e mais antigos, causados por mínimas diferenças e até mesmo uma neodiáspora.
Não creio que em certo sentido tudo o que fazemos é regido pela nossa biologia e nem que os limites biológicos que possuímos, como exemplo sermos “escravos” do sono, da alimentação e do descanso, sejam capazes de incitar-nos um comportamento específico que nos angustia e nos força a agir de tal forma, utilizando a agressividade e a xenofobia como válvula de escape para essas tais limitações biológicas. Se fosse assim, a homossexualidade poderia ser explicada dessa forma: o indivíduo nasce predestinado a ser gay e jamais vai se interessar por outra coisa, porque seus genes e toda a sua biologia regeram-no para ser assim, sem ser levado em consideração o livre arbítrio de cada um de nós.
Não foi a biologia de toda uma minoria branca da África do Sul que segregou a maioria negra de 1948 até 1994, movimento conhecido como Apartheid, impedindo essa maioria até de freqüentar os mesmos lugares públicos que os demais. Esse regime racista que foi o maior da história do século XX e que remonta à chegada dos holandeses e franceses no século XVII e ao domínio inglês no século XIX, pode ser explicado se considerarmos a biologia desses povos como um todo? Ou então podemos nós, apegar-nos à idéia de que vieram ao mundo predestinados a segregar os negros? Não, não pode ser explicado dessa forma e eu insistirei nesta tecla até quando puder.
Ao invés de preocuparmo-nos com explicações fajutas a respeito do comportamento dos seres humanos, por que não passamos a prestar atenção, a dar-nos conta do que acontece ao nosso redor? Grupos extremistas estão ganhando força, ações de skinheads, neonazistas, estão salpicadas por aí, apoiados discretamente por quem não suja as mãos na violência racista. Prestem atenção ao bullyng, dentro das escolas, clubes...
IDPs, como são conhecidas as pessoas que são perseguidas por motivos religiosos, políticos e raciais dentro do próprio país, estão refugiando-se cada vez mais em outros países, vindos geralmente da Bósnia-Herzegovina, Sri Lanka, Rússia, Afeganistão entre outros países com governos fundamentalistas, formam a estatística de que em cada 280 pessoas no mundo, 1 seja refugiada, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas (ACNUR), órgão criado em 1951 para (tentar) solucionar essa situação, dos refugiados, que é uma das grandes tragédias da atualidade.
Atualmente existe intolerância e preconceito contra etnias, raças, religião, política etc, assim como antigamente, muito antigamente. É um problema global, mas que passamos a conviver de mãos dadas e deixamos imortalizar quando ouvimos, rimos e passamos adiante alguma piadinha sobre judeus, negros, baianos, turcos, portugueses, gays, loiras, beatas, e mais uma extensa lista com alguns dos famosos personagens que costumamos satirizar e, se você souber alguma piadinha sobre algum deles...