14/11/2009

Mas faz parte dessa vida

Final dos tempos, digo, do terceiro ano da melhor escola de todo o mundo. Ah, que delícia poder acordar tarde, não ter que aturar aquela professora enfadonha, aquele professor de constante tpm... ô delícia!
Mentira. Tô morrendo por dentro, tô querendo voltar a ser bixete, fazer novas amizades, redescobrir as que eu já tenho, guardar todo mundo dentro de um potinho, dizer eu te amo praquele professor (o da tpm). Pra onde vou depois daqui? O que será de mim?
Na vida não poderei matar aula, no estágio não vou poder almoçar na rep, não vou poder organizar uma festa com o dinheiro da empresa...
Não é que eu esteja sofrendo antes do tempo, é o tempo que tem me feito sofrer. Tá acabando, poxa! Três anos dentro de um ovo, protegidinha dos peridos de lá de fora, vivendo no meu mundinho fechado, mesmo tendo 19 anos sinto ter 15. Como é que vou pular dos 15 pros 20? Encarar chefe, encarar compromissos seríssimos, comprometimento, tarefas, prazos.
Okay, sem mais lamúrias...
O fato desta postagem é simples. Não sei bem o quê escrever no meu texto de oradora de turma.
Vasculhando velhos escritos encontrei este texto daí de baixo que foi feito no primeiro ano desta referida escola. O nosso professor de português pediu que escrevessemos um texto de orador de turma, imaginando como seria ter passado pelo ensino médio... e bom, diante de tamanha falta de criatividade, ou melhor, incompetência pra conseguir passar pro papel as coisas mais importantes e marcantes dos três anos vividos, ou talvez medo de começar a escrever e pedir pra sair (chorando muito), eu vou postar o texto só pra mostrar o quão vazio e superficial ficou o do primeiro ano, já que eu não tinha passado por nada do que passei. Entendam meu desespero.
E aqui vai...

Confesso que quando fui escolhida para fazer este discurso, me senti incapacitada diante de tal grandeza, mas decidi fazê-lo por amor aos meus colegas de turma que nesse momento, estão assim como eu, muito felizes e nervosos. (bleeeergh, que horror)
Foram três anos. Parece muito, mas na verdade, analisando a estrada toda que cada um de nós temos pela frente, é muito pouco.
Independente de tempo e dos caminhos que serão seguidos, foi intensamente especial compartilhar momentos de alegria e de tristeza, a cada dia que passou e que só fizeram aumentar a amizade e o companheirismo entre todos nós. (discurso petista)
Tememos provas, contamos piadas, erramos bastante e sempre esperamos ansiosamente por férias. (e aqui estão as definitivas :( snif...)
E agora que chegou o grande dia (boa, Nati!), dia em que tiraremos férias prolongadas e que depois disso não teremos mais preocupação com presença em sala de aula, trabalhos a fazer, semana de provas, enfim, a nossa maior vontade é de voltar tudo pro começo. Naquele momento inicial em que ninguém se conhecia e o silêncio pairava no ar.
Aos poucos aprendemos as limitações de cada um, as amizades se consolidaram, os professores já não eram como estranhos, mais sim uma parte de nós (ou não) e a relação era sempre de respeito mútuo. (diga isso à professora enfadonha ou ao professor da tpm)
Nossa formação nos tornou muito diferentes do que um dia já fomos e hoje temos capacidade e responsabilidade suficiente para cuidar de um futuro melhor e respeitar o ser e a sua maneira de ver o mundo. (Meu Deus, Natália para presidente)
Não acaba por aqui, mas fiquei com vergonha de colocar o resto...

Podem rir, mas riam com força. Eu ri (muito!)
Enfim, o discurso de agora TEM que ser decente.

2 comentários:

  1. Nateeeeee! Não está tão ruim assim, vá. É verdade. Ainda mais se você considerar o fato de que não 'tinha passado pelos três anos'.

    Acho que esse texto seu traduz o que a maioria (há exceções) de nós sente nesse momento: uma sensação de que se afastar do Cotil não vai ser tão bom assim... Nate, já sofri bastante com isso, principalmente no início desse ano, e sei como é difícil aceitar isso; mas o que podemos fazer? Nada. É o fluxo da vida.
    É o sol que puxa a lua pelo braço e sai de cena, é a folha da árvore que no outono cai para outra poder brotar; é a lagarta, após a crisálida, libertando-se de seu casulo, preparando-se para voar. A lagarta, nós; o casulo, o Cotil; o mundo lá fora, ele mesmo. Se pensar bem estamos na mesma fase de transformação pela qual a borboleta também passa, com um detalhe: nos últimos momentos desse casulo. Pode até doer um pouqinho pra que esse casulo se rompa, mas essa dor é necessária ao bater de nossas asas, amiga; é ela que nos permite alçar voos mais altos com maior segurança... Pense nisso!

    Beeeeeijo

    Léo.

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  2. Naaaate! tá acabando... acabou já né? Acabou o cotil, apenas. as amizades, as risadas, as festas loucas continuarão... eu sei!
    Blog lindo, posts mto bons!
    beeeeeeijo
    Frá.

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