20/11/2009

É sempre assim...

Chegou meu livro: O Escafandro e a Borboleta.
Já tinha dois anos que um colega havia me indicado, mas só agora comprei; em primeiro lugar só comprei agora porque esqueci ao longo do tempo, em segundo lugar só comprei agora porque no Submarino (quero ganhar pelo Merchan...) estava baratinho e eu não podia perder a oportunidade.
Bom, comecei então a ler e ao descobrir, página a página, a profundeza do que se tratava o livro fiquei emocionada. É mais superação do que a de Joseph Climber. Só para que vocês saibam do que se trata, o livro é a história real, escrita através de movimentos do olho esquerdo (única parte do corpo que se mexia), de Jean-Dominique Bauby, que sofreu um AVC e teve as funções motoras deterioradas. No decorrer das páginas ele nos envolve no seu cotidiano e nos mostra o verdadeiro sentido que pequenas coisas possuem e que não damos valor. Além disso, ele mergulha com seu escafandro no nosso psicológico, mostrando que por muitas vezes não damos a devida atenção a algumas pessoas e que isso poderia ser diferente se mudássemos (ou quiséssemos mudar) um pouco nossos atos. Belíssimo!

É sempre assim, sinto-me tocada depois que leio uma coisa dessas, ou vejo cadeirantes, aleijados, pessoas queimadas, deformadas e etc com aquela alegria de viver, aquela independência, aquela força, aquela atitude, esbanjando sorrisos e um monte de vibrações positivas. E por que não esbanjar, não é verdade? São seres humanos como qualquer um de nós, não é porque têm uma ou outra particularidade que os diferencie da maioria que eles são inferiores ou piores. São pessoas com sentimento, com direitos (até maiores que os nossos e que por muitas vezes não são respeitados ou cumpridos). Enfim, são pessoas que dão lição de moral sem precisar abrir a boca!
O fato é que é mesmo com tudo isso, todos esses exemplos, todas essas histórias, a gente, aquela maioria das pessoas, ainda reclama de ter tudo perfeito, todos os membros perfeitos. Não gosto do meu cabelo, do meu joelho, do meu braço, do meu pescoço, meu pênis podia ser maior, meu peito não é sarado, minha bunda tem estria... nunca está bom! Não me isento dessas reclamações, vivo de regime, minha letra é feia, meu cabelo poderia crescer mais rápido e assim por diante... Nunca paro para agradecer por ser saudável, por ter mãos pra escrever e assim por diante...
É sempre assim...
Precisamos agradecer mais, precisamos nos dar conta disso mais vezes.
Eu preciso... e você?

14/11/2009

Mas faz parte dessa vida

Final dos tempos, digo, do terceiro ano da melhor escola de todo o mundo. Ah, que delícia poder acordar tarde, não ter que aturar aquela professora enfadonha, aquele professor de constante tpm... ô delícia!
Mentira. Tô morrendo por dentro, tô querendo voltar a ser bixete, fazer novas amizades, redescobrir as que eu já tenho, guardar todo mundo dentro de um potinho, dizer eu te amo praquele professor (o da tpm). Pra onde vou depois daqui? O que será de mim?
Na vida não poderei matar aula, no estágio não vou poder almoçar na rep, não vou poder organizar uma festa com o dinheiro da empresa...
Não é que eu esteja sofrendo antes do tempo, é o tempo que tem me feito sofrer. Tá acabando, poxa! Três anos dentro de um ovo, protegidinha dos peridos de lá de fora, vivendo no meu mundinho fechado, mesmo tendo 19 anos sinto ter 15. Como é que vou pular dos 15 pros 20? Encarar chefe, encarar compromissos seríssimos, comprometimento, tarefas, prazos.
Okay, sem mais lamúrias...
O fato desta postagem é simples. Não sei bem o quê escrever no meu texto de oradora de turma.
Vasculhando velhos escritos encontrei este texto daí de baixo que foi feito no primeiro ano desta referida escola. O nosso professor de português pediu que escrevessemos um texto de orador de turma, imaginando como seria ter passado pelo ensino médio... e bom, diante de tamanha falta de criatividade, ou melhor, incompetência pra conseguir passar pro papel as coisas mais importantes e marcantes dos três anos vividos, ou talvez medo de começar a escrever e pedir pra sair (chorando muito), eu vou postar o texto só pra mostrar o quão vazio e superficial ficou o do primeiro ano, já que eu não tinha passado por nada do que passei. Entendam meu desespero.
E aqui vai...

Confesso que quando fui escolhida para fazer este discurso, me senti incapacitada diante de tal grandeza, mas decidi fazê-lo por amor aos meus colegas de turma que nesse momento, estão assim como eu, muito felizes e nervosos. (bleeeergh, que horror)
Foram três anos. Parece muito, mas na verdade, analisando a estrada toda que cada um de nós temos pela frente, é muito pouco.
Independente de tempo e dos caminhos que serão seguidos, foi intensamente especial compartilhar momentos de alegria e de tristeza, a cada dia que passou e que só fizeram aumentar a amizade e o companheirismo entre todos nós. (discurso petista)
Tememos provas, contamos piadas, erramos bastante e sempre esperamos ansiosamente por férias. (e aqui estão as definitivas :( snif...)
E agora que chegou o grande dia (boa, Nati!), dia em que tiraremos férias prolongadas e que depois disso não teremos mais preocupação com presença em sala de aula, trabalhos a fazer, semana de provas, enfim, a nossa maior vontade é de voltar tudo pro começo. Naquele momento inicial em que ninguém se conhecia e o silêncio pairava no ar.
Aos poucos aprendemos as limitações de cada um, as amizades se consolidaram, os professores já não eram como estranhos, mais sim uma parte de nós (ou não) e a relação era sempre de respeito mútuo. (diga isso à professora enfadonha ou ao professor da tpm)
Nossa formação nos tornou muito diferentes do que um dia já fomos e hoje temos capacidade e responsabilidade suficiente para cuidar de um futuro melhor e respeitar o ser e a sua maneira de ver o mundo. (Meu Deus, Natália para presidente)
Não acaba por aqui, mas fiquei com vergonha de colocar o resto...

Podem rir, mas riam com força. Eu ri (muito!)
Enfim, o discurso de agora TEM que ser decente.

07/11/2009

Reino (ou reinado) Animal


Lula: molusco marinho da classe dos cefalópodes.
Os cefalópodes, que estão entre os invertebrados mais inteligentes (Bolsa Família, Bolsa Escola, Bolsa Alimentação...) e mais rápidos (Só viajam de jatinho), apresentam o corpo dividido em cabeça (possui?), massa visceral e tentáculos (aqui, entende-se 19 dedos).